Durante os
primeiros anos de perman�ncia na Argentina, foi professor em San Nicol�s e
na Escola Agro-t�cnica de Uribelarrea; mas quis, em seguida, consagrar-se
totalmente a percorrer os Pampas em toda a sua dimens�o. A dedica��o
constante e generosa, a abnega��o genuinamente crist� e a inata bondade de
sentimentos tornaram a sua figura muito querida e popular.
Numa pequena
carro�a de duas rodas, puxada por tr�s mulas, percorria milhas e milhas, sempre
cordial e encorajador, para que a ningu�m faltasse ajuda espiritual, roupa,
alimento, medicina, que sempre carregava para os seus pobres.
N�o hesitou
em pedir esmola para os seus �gauchitos�, como chamava, em sua linguagem crioula,
os �rf�os que muito amava; em seu desejo de caridade generosa, com que sabia
contagiar o pr�ximo com sua nobre franqueza e suas maneiras simples e genu�nas
conseguiu muitas vezes encher in�meras malas, que, com a permiss�o dos empregados
da ferrovia, levava at� �s popula��es mais distantes. E, com as provis�es
das coisas mais urgentes e essenciais, n�o faltavam nunca um livro, uma revista...,
j� que nem s� de p�o vive o homem, como bem sabia o generoso mission�rio.
Com sua s�lida
cultura agro-t�cnica tamb�m gostava de aconselhar os agricultores em seu trabalho
e no cultivo da terra, especialmente no cultivo da uva e das hortali�as.
Esta atividade
de cultura e humaniza��o por parte dos mission�rios nos Pampas, al�m da religi�o
que ensinavam, foi justamente fator de unidade e coes�o do povo daquela vasta
plan�cie. O dinamismo do Padre �ngelo levou-o a construir igrejas e capelas,
que ainda hoje s�o a prova de uma not�vel capacidade t�cnica, que lhe mereceu
a fama de �construtor de Deus�.
O grande mission�rio
dos Pampas morreu em 11 de maio de 1947 no Col�gio Salesiano Pio IX de Almagro.
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