O Camboja é um País com cerca de 13 milhões de habitantes. Anos de isolamento e de guerras fizeram do Camboja um dos mais pobres do mundo. A população foi devastada, e foram destruídos a estrutura básica e os serviços. A situação mudou para melhor depois das eleições de 1993. Permanecem ainda três grandes problemas: a incapacidade dos que dirigem a administração do governo, pois os que realmente sabiam administrar foram massacrados durante a guerra; nas florestas do norte do País, os Kmer Vermelho mantêm sob o seu controle 10% do território e adquirem armas em troca de madeira e pedras preciosas; a zona mineira, que se encontra nos campos, ainda hoje, torna as pessoas inválidas e não cultiváveis os campos.

Os Salesianos chegaram ao Camboja em 1992. A primeira coisa instituída foi a “Fundação Dom Bosco do Camboja” a fim de dar alguma amenidade e educação à juventude maltratada pela guerra.

As Escolas Técnicas de Phnom Pehn e de Shihanouk ville instruem os jovens, ajudando-os também a serem auto-suficientes através de uma profissão decente. Todos os dias, mais de 800 jovens, meninos e meninas, muitos deles órfãos de guerra, recebem educação profissional que lhes permita, e às suas famílias, fugirem do círculo da pobreza.

A Fundação Meninos de Dom Bosco ajuda milhares de jovenzinhos pobres, que estando nas escolas, não têm como pagar as mensalidades. Eles recebem, além de alimento, livros e objetos necessários para seus estudos. Em Battambant existem dois centros de escolas elementares. A educação desses jovenzinhos é possível graças a um projeto de adoção à distância, ou seja, com a pequena oferta de seis dólares pode-se apoiar um jovenzinho por todo um mês.

Poipet é o último projeto iniciado pelos Salesianos. O lugar antigamente era um remoto vilarejo nos limites com a Tailândia. Tornou-se, da noite para o dia, uma pequena cidade de mais de oitenta mil habitantes, sem qualquer infra-estrutura. Todos sofrem, mas as mais atingidas são as crianças. Foi aberto ali um centro para meninos de rua de 10 a 15 anos de idade. Cerca de 40 deles, que sofreram abusos e não têm pais nem avós, foram reabilitados. Colocou-se em ação um programa de alimentação para todos os garotos de Poipet e foram ajudados a combaterem a sub alimentação e encaminhados à escola. Os jovens atualmente que se beneficiam desse projeto são 74, mas o número é destinado a subir até 150 ou mais. Sessenta deles são internos.

Os Benfeitores:  a alimentação e a educação desses jovens é possível somente graças à ajuda de benfeitores do mundo todo, especialmente de Países como os Estados Unidos, a Holanda e a Itália.

Em 1995 foi dado ao Salesiano John Visser e ao Irmão Coadjutor Roberto Panetto o “Prêmio Fundação para a Paz”. O reconhecimento foi dado aos que trabalham pela Paz. O prêmio foi conferido publicamente pelo Arcebispo e Núncio Apostólico junto às Nações Unidas e presidente do “Caminho para a Fundação da Paz”. O prêmio foi-lhes entregue na presença de 700 eminentes personalidades.