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Focus 2007

Chincha - PER01-12-2007


Projeto: Una esperanza en el Sur
Data de fundação: 8 de setembro de 2007
Lugar: Chincha, Perú
Inspectoría:

PER (Santa Rosa de Lima)


HISTÓRIA

Pouco depois do terremoto, os salesianos visitaram vários lugares do desastre. Vimos milhares de meninos e adolescentes girando pelas ruas. Pais de familia correndo de um lado a outro em busca de alimento. Passando por eles nos perguntamos o que Dom Bosco faria diante desta situação? E o que fariam os salesianos? Como poderíamos ajudar a tantas crianças e jovens que não têm nada para fazer enquanto seus pais trabalham na reconstrução? A resposta nos foi dada pelo nosso fundador: criar Oratórios Salesianos.

Iniciamos a Convocação para o Voluntariado, que deu resultado imediato. Com grande otimismo e alegria se apresentaram mais de 70 jovens pertencentes à Articulação da Juventude Salesiana, prontos para doar o seu tempo e tudo o que lhes fosse possível àquelas crianças e jovens do sul.

POR QUE ESCOLHEMOS A PROVINCIA DE CHINCHA?

As provincias que sofreram o terremoto não tinham presença da Congregação Salesiana; no entanto, em Pisco e Ica vivem muitos “Salesianos Cooperadores”, os quais sofreram e continuam sofrendo os embates da natureza juntamente com suas famílias.

Nosso desejo de ajudar às Províncias do Sul foi o de criar Oratórios Salesianos para ser: Casa, Escola, Igreja e Pátio, para cada jovem necessitado. Iniciamos os Oratórios na Província de Chincha.

Chincha pertence ao Estado de Ica, a 180 quilômetros da cidade de Lima, Capital do Peru. Tem uma superfície de 2,988 Km2 e aproximadamente 177.000 habitantes. Chincha conta com 11 distritos, entre os quais os mais importantes são Chincha Alta e Chincha Baixa.

OS ORATÓRIO SALESIANOS

Atualmente foram criados quatro Oratórios em Chincha:
- Oratório “Dom Bosco” (em Chincha Baixa)
- Oratório “Maria Auxiliadora” (em Tambo de Mora e Vilma León)
- Oratório “São Francisco de Sales (em San Antonio de Salas)
- Oratório “Zeferino Namuncurá” (em San Felipe Chico)

Desde o dia 8 de setembro centenas de crianças participam desta obra social. Aí encontram um espaço de formação humana e cristã com apoio moral, educativo e recreativo através da animação, que é complementado com o desenvolvimento de diversas atividades (artesanato, esporte, dança, desenho e apoio escolar)

Os jovens voluntários estão organizados em dois grupos que se alternam. Cada sábado, muito cedo, partimos com 35 voluntários e nos instalamos com nossas barracas em Chincha Baixa; daí partimos imediatamente para os outros oratórios. Permanecemos até o dia seguinte. Cada semana nos reunimos na rua, no parque, no campo cheio de terra. A única coisa que nos interessa é levar alegria a estas crianças, que já se acostumaram com nossa presença e nos esperam ansiosos toda semana.

A população recebeu positivamente nossa proposta. Os Oratórios contam com um numero crescente de crianças a cada semana, e contam também com a aceitação dos pais.

AS NECESSIDADES APÓS TRÊS MESES

As necessidades que surgem a partir de um desastre natural são imensas; sem dúvida, entre os mais atingidos estão as crianças e os adolescentes, que ficam desamparados e abandonados.

Após três meses do terremoto não se vêm melhoras para a gente pobre. Não chegam os alimentos, há muitos doentes, as crianças têm problemas de saúde, os anciãos estão cada vez mais doentes porque vivem desabrigados, os adultos devem pensar em trabalhar para sobreviver e a vida se torna cada dia mais insuportável.

Na região de San Felipe Chico onde foi fundado o “Oratório Zeferino Namuncurá”, a pobreza é extrema. Vivem aproximadamente 2000 pessoas, mais de 200 crianças e a tragédia parece que aconteceu ontem porque os escombros continuam nas ruas. “É impossível continuar vivendo desta maneira - manifestava uma mãe de família - estamos todos doentes e não sabemos o que fazer. A poeira é insuportável. De dia não podemos viver nas barracas porque são de plástico e o calor é insuportável e de noite o frio e a umidade molham o chão”. Verdadeiramente a situação destes irmãos é delicada.

UM TETO PARA UMA FAMÍLLIA

Nossos irmãos do sul perderam tudo. Não têm casa. Dormem no tempo. As crianças e os anciãos continuam dormindo nas ruas. As familias são pobres, não têm nenhum recurso econômico para reconstruir suas casas. Os programas de financiamento para a construção de novas casas, e os de construção de abrigos de emergência não chegaram a estas populações.

Alguns poucos conseguem construir precariamente suas casas com adobe que, por ser à base de terra, é vulnerável aos efeitos dos fenômenos naturais tais como terremotos, chuvas e inundações.

A grande maioria não consegue sequer construir suas casas à base de adobe. A carência de abrigos mais adequados obriga muitas crianças, anciãos e enfermos a continuarem vivendo na rua, sem teto nem paredes que os protejam do frio e do calor.

A paisagem é desoladora. A Província de Chincha não conta com serviços básicos: água, esgoto, luz; não tem centros de saúde. A população continua nas ruínas. As casas completamente destruídas. Há muitas famílias que não foram beneficiadas nem sequer com barracas.

Com a finalidade de simplificar um pouco a problemática atual desta gente, a carência de materiais para suas habitações provisórias, nós proporcionamos:
- Madeira: varas e ripas
- Esteiras
- Plásticos

O desenvolvimento do projeto de Oratórios e toda ajuda que fizemos chegar a esta gente tão necessitada, foi possível graças ao apoio que a Congregação Salesiana no Peru recebeu das Procuradorias de Bonn e New Rochelle.

São muitos rostos cheios de tristeza e de angústia que vemos cada fim de semana; e procuramos tornar mais leve seus sofrimentos.

SUMÁRIO

Finalidade da Obra
- A obra nasce para proporcionar ajuda aos mais necessitados: meninos, meninas e jovens flagelados pelo terremoto.
- Educar e evangelizar no estilo de Dom Bosco
- Realizar uma presença eficaz e significativa no lugar
- Criar bases sólidas para a continuidade dos Oratórios Salesianos

Quem são os destinatários (tipo de jovens, etc.)
- Meninos - meninas que sofreram o terremoto
- Jovens que desejam participar no projeto

Número de jovens / pessoas que usam os serviços da Obra
- 600 meninos - meninas e jovens do lugar 
- 70 voluntários

Serviços concretos que se lhes oferece:
- Oratórios nos quais se oferece formação cristã
- Acompanhamento médico
- Alimentação: café da manhã e lanche, almoço

Nome do encarregado do Projeto
- P. Jesús Jurado SDB

Número de leigos colaboradores
- 70, divididos em dois grupos. Cada grupo de trabalho semanal se compõe de 35 voluntários (alternando-se)
- Outros leigos da região que colaboram em outras atividades.


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