EST�MULOS � NOSSA CAMINHADA P�S-CAPITULAR
1. No movimento da Igreja - 2. A nossa leitura - 3. O dom da nossa Vida Consagrada - 4. A espiritualidade: uma exig�ncia priorit�ria - Programa e caminho - Uma pastoral da espiritualidade - 5. Os muitos �mbitos da comunh�o - Especialistas de comunh�o - 6. Um are�pago para n�s: a educa��o - Conclus�o
ACG-357
Roma, 8 de setembro de 1996
Festa da Natividade de Maria
Queridos irm�os,
����������� No momento em que vos escrevo o CG24 j� foi comunicado a todas as Inspetorias. � primeira comunica��o, feita durante a sua realiza��o atrav�s de nossos �rg�os de imprensa, seguiu-se a transmiss�o, enriquecida de um singular testemunho daqueles que dele participaram. Recentemente foi-vos enviada a edi��o oficial dos Atos nas diversas l�nguas, que traz, com os documentos promulgados de acordo com as Constitui��es[1] , outros textos �teis para a plena compreens�o do acontecimento e das orienta��es capitulares.
����������� Imagino as Inspetorias e comunidades locais ocupadas em compreender e interiorizar as motiva��es oferecidas pelo documento sobre a participa��o dos leigos no esp�rito e na miss�o de Dom Bosco e a tentar suas poss�veis aplica��es nas rela��es, na estrutura, na organiza��o do trabalho, nos programas de forma��o cont�nua.
����������� Recordo-vos a urg�ncia de traduzir na pr�tica e na vida, de maneira org�nica e comunit�ria, as propostas do CG24 como eu� dizia no discurso final: �Ser� preciso que as indica��es capitulares sejam integradas num projeto unit�rio e traduzidas em processos que lhe favore�am a assimila��o vital (mentalidade, atitudes, habilidades, experi�ncias). Trata-se de levar as vis�es amplas ao terreno da vida cotidiana. � um desafio: encontrar a media��o eficaz entre as inspira��es e a pr�tica, entre o documento e a aplica��o concreta�[2] .
����������� O CG24 interpela cada um: trata-se de um convite a despertar e ativar recursos apost�licos ainda adormecidos em n�s, em nosso carisma, na experi�ncia crist� e educativa de numerosos leigos que colaboram em nossas iniciativas ou que o Senhor move internamente para a miss�o juvenil.
����������� O CG24 coloca-nos no cora��o do projeto pastoral da Igreja neste �ltimo momento de s�culo, assumindo seus motivos, suas metas, seus conte�dos e suas modalidades de a��o.
����������� Esse projeto tem um nome: nova evangeliza��o. J� escutamos e repetimos muitas vezes a express�o e j� percebemos suas implica��es e exig�ncias gerais. Mas talvez ainda seja preciso aprofundar-lhe o sentido e as conseq��ncias pr�ticas para nossa vida e nossa a��o educativa.
����������� Trata-se, com efeito, de tomar consci�ncia da cultura atual em suas realiza��es e tend�ncias, � luz do Evangelho e da voca��o da pessoa humana. E isso, para voltar a compreender o significado de salva��o que o acontecimento, a presen�a atual e a palavra de Cristo, possam ter nela, renovando conseq�entemente o testemunho crist�o, o an�ncio do Evangelho e a interven��o dos disc�pulos de Cristo na hist�ria.
����������� Isso comporta uma nova medita��o do mist�rio crist�o, uma leitura vigilante de muitos fen�menos e a avalia��o atenta de tantas opini�es que desafiam as nossas convic��es e a nossa experi�ncia de consagrados. A f�, com efeito, leva-nos a confessar que Cristo � salva��o para todos os tempos: ontem, hoje e sempre.
����������� A reflex�o sobre a Igreja tomou particular relevo nesse movimento em vista da nova evangeliza��o, sendo constantemente reproposta nos documentos do magist�rio e celebrada com acontecimentos significativos como as Assembl�ias sinodais em n�vel de Igreja Universal ou de Continente, produzindo uma nova consci�ncia eclesial e uma renova��o progressiva no modo de conceber a rela��o da Igreja com o mundo.
����������� A Igreja tem consci�ncia de ser o povo de Deus; proclama e exprime na hist�ria do homem o mist�rio da presen�a atuante de Deus; testemunha, ensina e ajuda a viver a filia��o divina revelada em Jesus Cristo. Sua miss�o � convocar, orientar e reunir cada um e a humanidade para que vivam essa voca��o assumindo todas as conseq��ncias, tamb�m temporais, que da� derivam. Sabe, pois, que deve exprimir no mundo e na hist�ria uma forma de vida, um an�ncio e op��es hist�ricas que se refiram� �s pessoas enquanto imagens de Deus e seus filhos em Cristo.
����������� Neste contexto, ela quis aprofundar � luz da Palavra, de sua experi�ncia plurissecular e do momento atual, as tr�s condi��es fundamentais nas quais aqueles que s�o chamados � f� vivem em plenitude a pr�pria voca��o de disc�pulos de Cristo:� a laical,� a ministerial, a de consagra��o religiosa.
����������� A Exorta��o Apost�lica Vita Consecrata, que apresentou a reflex�o sobre esta �ltima, resultado do longo processo de prepara��o e realiza��o da IX Assembl�ia do S�nodo dos Bispos e de uma cuidadosa elabora��o posterior, foi publicada enquanto o nosso CG24 estava em pleno trabalho. Forneceu-lhe os princ�pios inspiradores, ofereceu-lhe o quadro de refer�ncia para compreender as rela��es entre as diversas realiza��es do carisma salesiano e influiu decisivamente nas orienta��es pr�ticas. Encontrareis suas marcas ao longo de todo o texto nas abundantes cita��es e refer�ncias.
����������� Seja vantajoso, portanto, neste momento de estudo e de aplica��o do CG24, retomar a Exorta��o para uma leitura que v� al�m da primeira olhadela de leg�tima curiosidade. � o que me proponho nesta carta, depois de t�-la estudado com os membros do Conselho Geral para nosso proveito pessoal e para compartilhar convosco algumas de suas perspectivas.
����������� Creio que isso ter� dois efeitos salutares. Haver� de colocar-nos mais profundamente na comunh�o da Igreja que, por toda parte, � chamada a refletir sobre a Vida Consagrada como um interesse geral. Os Padre sinodais serviram-se com raz�o de uma express�o, em seguida abundantemente retomada e sublinhada: �De re nostra agitur�[3] . Trata-se de um argumento que interessa � Igreja inteira.
����������� Ser� tamb�m de ajuda para esclarecer alguns pontos cr�ticos muito sentidos no CG24, cuja adequada compreens�o condicionar� a qualidade da nossa vida e a efic�cia da nossa pr�xis.
����������� N�o se trata de fazer uma apresenta��o sistem�tica dos conte�dos da Exorta��o. Estes s�o organizados em tr�s cap�tulos ao redor da consagra��o, da comunh�o e do servi�o, e comunicados com uma linguagem n�o especializada mas � m�o, pelo menos aos consagrados.
����������� Encontros, semin�rios e publica��es, particularmente aqueles orientados por religiosos ocuparam-se abundantemente de diversos �ngulos dos quais ler a Exorta��o: b�blico, teol�gico, hist�rico, jur�dico, pastoral. Eles oferecem um material �til para a leitura pessoal e comunit�ria
����������� Acena-se, tamb�m, na Exorta��o, a problemas doutrinais e pr�ticos que ainda precisam ser esclarecidos, que s�o confiados a comiss�es de estudo. Entre eles interessam-nos particularmente aqueles que dizem respeito aos Institutos mistos e �s novas formas de vida evang�lica[4] . Acompanhamo-los e esperamos ulteriores desenvolvimentos para decidir, quando for o caso, sobre uma orienta��o de acordo com a nossa identidade carism�tica. Assim indicou-o o CG24 numa delibera��o sobre a forma da nossa Sociedade: �� luz da Exorta��o Apost�lica Vida Consagrada (n. 61) e dos desenvolvimentos jur�dicos em curso sobre a �forma� dos Institutos religiosos, o CG24 reputa importante um estudo sobre a poss�vel forma �mista� da nossa Sociedade e um ulterior aprofundamento para ver se as novidades inerentes a tal forma respondem ao nosso carisma e ao projeto origin�rio do Fundador�[5] .
����������� Mais, por�m, que nos determos agora nesses aspectos, quero percorrer o texto convosco para recolher e interiorizar alguns est�mulos, colocando-os em confronto com a nossa experi�ncia e contextualizando-os neste tempo que vivemos como Congrega��o.
����������� Trata-se de uma leitura que comporta acolhida interior, aten��o preferencial a alguns pontos substanciais e seguros, confronto com a nossa vida concreta e com a nossa mentalidade.
����������� Houve quem indicasse alguns limites da Exorta��o. Recordam-nos que vivemos no tempo e que, depois do n�o indiferente esfor�o de reflex�o, ainda existe diante de n�s um caminho a percorrer. Tomar consci�ncia dele com serenidade faz parte da co-responsabilidade que os religiosos t�m em rela��o a toda a experi�ncia da Vida Consagrada. N�o seria, entretanto, generoso e �til deter-se sobre eles diante da riqueza oferecida pela Exorta��o. A sabedoria leva a dar a cada elemento o seu justo peso� em fun��o da vida.
����������� Nessa mesma linha, ser� �til� �s comunidades uma leitura criativa, n�o limitada ao conhecimento dos conte�dos, mas procurando reformul�-los na pr�pria medida, atrav�s do confronto do escrito com a pr�pria vida. O texto deve servir de est�mulo � revis�o, ao repensamento e � convers�o.
����������� Interessa-nos por �ltimo, uma leitura pastoral. Os consagrados acolheram com gratid�o esta Exorta��o de Jo�o Paulo II. Consideram-na um instrumento de revis�o e relan�amento no interior do pr�prio Instituto, mas tamb�m uma oportunidade para tornar conhecido o dom da Vida Consagrada na comunidade eclesial e na hist�ria humana. Freq�entemente ela � pouco conhecida em seu significado essencial, mesmo onde os consagrados est�o em contato quotidiano com o povo. Coloca-se-nos a quest�o se a nossa linguagem e os nossos sinais s�o adequados a torn�-la compreendida ou se descuidamos de comunicar a nossa experi�ncia.
����������� Temos particular interesse em apresent�-la aos jovens na beleza de seu significado perene e em sua validade atual. Isso faz parte do itiner�rio de f� que procuramos explicitar no �ltimo sex�nio, responde ao� momento particular de defini��o de vida que os jovens atravessam e vem ao encontro de um profundo desejo de conhecer suas melhores realiza��es. Devemos, ent�o, nos re-apropriar da nossa experi�ncia para fazer dela uma mensagem, e comunic�-la com efic�cia.
����������� Impressiona a repeti��o da palavra dom, em refer�ncia � totalidade da Vida Consagrada, a cada uma de suas manifesta��es hist�ricas ou carismas, a muitas de suas componentes ou aspectos particulares: os votos, a comunidade, o servi�o da caridade. Um dom recebido e um dom ofertado. A abund�ncia de modula��es com que essa refer�ncia � reproposta deixa a impress�o, ao final da leitura, de que a categoria do dom seja uma das fundamentais para perceber a natureza da Vida Consagrada, em sua justa claridade. O dom leva � gratuidade, ao amor que est� em sua origem, � alegria de sentir-se objeto de predile��o, � excel�ncia.
����������� Com freq��ncia detemo-nos em discuss�es que dizem respeito � nossa identidade de consagrados. Mais freq�entemente ainda acontece-nos escutar ou colocar-nos na an�lise das dificuldades a serem superadas para sermos significativos. Provoca-nos o ambiente secular pouco inclinado a reconhecer o valor de op��es e motiva��es que v�o al�m do funcional, do temporal ou do pr�tico. Desafia-nos tamb�m a aparente inefic�cia de nossos esfor�os em vista dos grandes fen�menos do nosso tempo: a perda do senso religioso, a desorienta��o �tica, as pobrezas que se expandem e se tornam sempre mais extremas, as discrimina��es, os conflitos que degeneram em viol�ncia continuada. Preocupa-nos ainda a escassa resposta vocacional, sobretudo l� onde parecem prevalecer a racionalidade, o bem-estar e o desenvolvimento. E, n�o por �ltimo, estamos conscientes dos nossos limites pessoais e institucionais na realiza��o de um projeto que nos atrai em sua apresenta��o ideal.
����������� N�s, salesianos, nos questionamos, particularmente, sobre o como viver e falar da nossa experi�ncia aos jovens, abertos aos significados e dispon�veis a experi�ncias espirituais, mas distra�dos por est�mulos m�ltiplos e fugazes, levados a projetos mais imediatos, diversos de n�s naquilo que diz respeito aos gostos, linguagem e estilo de vida. Eles com freq��ncia nos questionam sobre o significado e as raz�es da nossa exist�ncia consagrada.
����������� Este confronto com o mundo n�o � estranho � experi�ncia do crente e do consagrado. Encontramos suas abundantes marcas na B�blia. Os Salmos exprimem-no com ins�lita� efic�cia e em forma de invoca��o sofrida quando apresentam o desafio do c�ptico: �Onde est� o teu Deus�?[6] . Com efeito a presen�a de Deus e a experi�ncia que ela provoca no homem n�o� � redut�vel� a uma vis�o puramente temporal, e os seus sinais possuem uma certa estranheza � percep��o humana: est�o envolvidos no mist�rio e exigem a f� e a gra�a.
����������� A Exorta��o n�o ignorou estes dados de uma an�lise que n�o � s� sociol�gica e conjuntural, mas teol�gica. Eles s�o lidos em filigrana. Mas n�o quis fazer deles um cap�tulo importante. N�o considerou sequer negativa a exig�ncia de medir-se com um contexto secularizado em que somos chamados a testemunhar a op��o do primado de Deus e da caridade. Como tamb�m n�o se abandonou a lamentos, justificados ou pretextuosos, de desvios da Vida Consagrada no complexo processo de renova��o ap�s o Conc�lio Vaticano II.
����������� A sua vis�o � positiva e estimulante. Volta-se e como que fixa o olhar no valor da Vida Consagrada, iluminado-o com perspectivas novas.
����������� Algumas delas apelam � experi�ncia pessoal de quem se sentiu chamado a este g�nero de vida: a particular clareza com que Cristo nos apareceu e o fasc�nio que exerceu sobre n�s, a riqueza de perspectivas que se abrem � exist�ncia quando se concentra em Deus, a paz que se experimenta quando se ama com cora��o indiviso, as alegrias da doa��o na miss�o, o privil�gio de gozar da intimidade de Cristo e participar conscientemente da vida trinit�ria. Isso tudo � significado no �cone da Transfigura��o de Cristo diante dos disc�pulos, escolhidos por Ele, testemunhas da sua gl�ria.
����������� � um convite a revisitar os nossos momentos de Tabor, os aspectos melhores da nossa experi�ncia pessoal, interpretando-os � luz da Palavra de Deus, assumindo-os como motiva��es para uma corajosa fidelidade.
����������� O valor da Vida Consagrada manifesta-se tamb�m na e pela Igreja. Ela produz copiosos frutos de santidade e servi�o em cada esta��o da Igreja[7] . R�pidas passagens hist�ricas fazem ver a persist�ncia, a riqueza, a diversidade de express�es que caracterizaram o surgimento das diversas formas de Vida Consagrada aberta, ainda hoje, a novas express�es. Um Evangelho desdobrado no tempo! Ela reprop�e a santidade, reflete o estilo de vida de Cristo, ajuda a descobrir os sinais do Reino e impele continuamente para a realiza��o� definitiva do homem. � indispens�vel, por isso, n�o tanto � organiza��o operativa da Igreja, mas � sua experi�ncia substancial: a do mist�rio, da rela��o com o seu Senhor.
����������� A considera��o do valor da nossa consagra��o, no interc�mbio com outras voca��es eclesiais, em �harmonioso conjunto de dons�, � particularmente atinente ao tempo que estamos vivendo. O CG24 no-lo recorda quando descreve o papel da comunidade religiosa no interior da CEP: �Com sua pr�pria vida, o salesiano SDB traduz o evangelho em linguagem acess�vel sobretudo aos jovens: pelos valores da consagra��o desperta interroga��es e aponta possibilidades de sentido; pela sua doa��o anuncia que o segredo da felicidade est� no perder a vida para reencontr�-la; pelo seu estilo torna atraente o esp�rito das bem-aventuran�as e anuncia a alegria da P�scoa; pelo seu construir comunidade torna-se imagem da Igreja, sacramento do Reino[8] .
Como educadores, empenhados na promo��o humana e na cultura, somos estimulados tamb�m por aquelas perspectivas que falam da incid�ncia da Vida Consagrada na hist�ria do homem, n�o s� atrav�s do servi�o, mas tamb�m por meio dos horizontes que abre, dos valores que estimula e das atitudes que cria.
����������� A fixa��o do olhar no dom de Deus, descobrindo nele a profundidade da sabedoria, a luminosidade da vida, a beleza das experi�ncias, a alegria dos encontros, a generosidade do amor, coloca-nos em clima de contempla��o.
����������� As leituras superficiais da realidade podem, com enfeito, deixar impress�es de estranheza, inefic�cia e insignific�ncia. Indo �s fontes da nossa vida, � grande presen�a� que a provocou, � palavra que ilumina o seu sentido e o seu destino, refor�a-se a consci�ncia do mist�rio que age em n�s e se percebem em profundidade os fatos que nos interpelam.
����������� A �a��o de gra�as� atravessa, ent�o, todo o documento, desde suas primeiras palavras. Falou-se que o texto passa continuamente da teologia � doxologia, da reflex�o ao louvor de Deus.
����������� Da contempla��o do dom de Deus brota a serena confian�a no enfrentar as dificuldades presentes e as esperan�as no futuro. Existem certamente quest�es de significatividade, de adequa��o pastoral, de estilo de vida, de di�logo cultural. Vivemos tempos de colheita e de semeadura. Jo�o Paulo II, por�m, encoraja-nos: �N�o tendes apenas uma hist�ria a recordar e narrar, mas uma grande hist�ria a construir. Olhai o futuro, para o qual vos projeta o Esp�rito a fim de realizar convosco ainda grandes coisas�[9] . A nossa � �uma vida �tocada� pela m�o de Cristo, abrangida pela sua voz, sustentada pela sua gra�a�[10] . Desenrola-se como um �xodo da luz da Transfigura��o �quela definitiva da Ressurrei��o[11] .
����������� A espiritualidade aparece como a dimens�o fundamental da Vida Consagrada, o ponto de converg�ncia unificador de todas as perspectivas a partir de onde ela � aprofundada: teol�gicas, hist�ricas, b�blicas, pastorais. � portanto um elemento transversal e penetrante de toda a Exorta��o.
����������� Concentra-se, por�m, em alguns n�meros que a apresentam de forma direta e pr�tica. Os t�tulos desses n�meros s�o uma s�ntese facilmente compreens�vel: exist�ncia transfigurada, chamado � santidade[12] , empenho decidido pela vida espiritual[13] , forma��o permanente[14] , uma resposta de espiritualidade para a procura de sentido e a nostalgia de Deus[15] . N�o est� nunca separada, e muito menos oposta, � reflex�o teol�gica e � atividade apost�lica, mas enra�za-se solidamente na primeira e d� sua forma caracter�stica � segunda.
����������� Algu�m que estudou a fundo a Exorta��o afirma com raz�o que, devendo-se sublinhar logo uma nota forte no documento, essa � a espiritualidade realista e encarnada, que aparece seja na como que �m�stica� da doutrina, seja na m�ltipla refer�ncia expl�cita � necessidade e ao empenho de espiritualidade[16] .
����������� Do Esp�rito, como dom origin�rio e germinal, tomam forma a particular configura��o da consagra��o, o estilo da miss�o, a vida comunit�ria, a pr�tica original dos votos.
����������� A espiritualidade �, pois, como que o princ�pio de individua��o, a partir do qual se desenvolve a identidade. A Vida Consagrada com efeito n�o nasce de um projeto geral, pensado por algu�m na escrivaninha, mas de experi�ncias singulares de vida no Esp�rito, de acordo com o que se acolhe, se sente e� se exprime o amor a Deus e ao pr�ximo, revelado em sua plenitude em Cristo. A Exorta��o refor�a-o em n�o poucos pontos, mas nele se det�m sobretudo na introdu��o quando tra�a o tipo espiritual das diversas formas de Vida Consagrada surgidas no tempo[17] .
����������� Para a express�o completa de uma espiritualidade original convergem regra, projetos, ordenamentos. �Todos estes elementos, inseridos nas v�rias formas de Vida Consagrada, geram uma espiritualidade peculiar, isto �, um projeto concreto de relacionamento com Deus e com o meio circundante, caracterizado por modula��es espirituais particulares e op��es de a��o que colocam em evid�ncia e reprop�em ora um aspecto ora outro do �nico mist�rio de Cristo. Quando a Igreja reconhece uma forma de Vida Consagrada ou um Instituto, garante que, no seu carisma espiritual e apost�lico se encontram todos os requisitos para alcan�ar a perfei��o evang�lica pessoal e comunit�ria�[18] .
����������� A vida espiritual � portanto �uma experi�ncia priorit�ria, inscrita na mesma ess�ncia da Vida Consagrada, do momento que como qualquer outro batizado, antes, com motivos mais prementes, aquele que professa os conselhos evang�licos deve fazer quest�o de tender com todas as for�as � perfei��o da caridade�[19] .
����������� Dela depende a fecundidade apost�lica e o atrativo vocacional sobre as novas gera��es. Surge como a energia e o ponto de desdobramento para aquela renova��o que esteve no centro do discurso, dos projetos e das expectativas nestes anos: �Tender � santidade, eis em s�ntese e programa de toda Vida Consagrada, tamb�m na perspectiva da renova��o nos umbrais do terceiro mil�nio�[20]
����������� Esta exig�ncia premente, repetida ap�s a revis�o feita pelo S�nodo, parece indicar a espiritualidade como �a �ltima fronteira� da Vida Consagrada, a sua �nica possibilidade de tornar-se significativa e fecunda. Surge, de fato, como a �nica capaz de tornar cr�vel a proposta �tica, porque animada da verdade e do amor, de superar, na pastoral, a �nica inicia��o catequ�tica e os aspectos organizativos, inspirando-se na l�gica da gra�a e dos sacramentos, e de vivificar com a caridade o an�ncio, a celebra��o, o testemunho e o servi�o[21] .
Programa e caminho
����������� O discurso sobre a prioridade da vida espiritual torna-se concreto quando se recordam as dimens�es e as exig�ncias comprovadas pela experi�ncia secular da Vida Consagrada.
����������� Antes de tudo, a fidelidade ao patrim�nio espiritual de cada Instituto[22] . Trata-se de fidelidade criativa e n�o de observ�ncia material ou de conserva��o imobilizada. � preciso referir-se � alma, �s atitudes e �s op��es evang�licas dos Fundadores e Fundadoras para responder aos desafios que nos v�m da mentalidade dominante ou dos problemas atuais da conviv�ncia humana. Cada carisma, com efeito, comporta uma forma de relacionamento com o Pai, com o Filho e com o Esp�rito Santo expressa na hist�ria. Essa fidelidade criativa n�o deve referir-se apenas �s iniciativa apost�licas mas, em primeiro lugar, ao estilo de vida das pessoas e das comunidades. Delas vem um apelo � transpar�ncia evang�lica, � radicalidade e � coragem apost�lica. No contexto dessa fidelidade, afirma a Exorta��o, �torna-se hoje premente em cada Instituto a necessidade de um renovado referimento � Regra, pois nela se encerra um itiner�rio de seguimento�[23] e se oferece a genu�na tradi��o espiritual do Instituto. � um apelo � explorar continuamente e a extrair sempre novas riquezas do nosso patrim�nio.
����������� Entre as dimens�es a cultivar-se com particular aten��o vem, em primeiro lugar, a contemplativa, que se exprime no sentido da presen�a de Deus acolhido com amor e gratid�o. A ela referem-se as nossas Constitui��es quando afirmam que �trabalhando pela salva��o da juventude, o salesiano faz experi�ncia da paternidade de Deus e reaviva continuamente a dimens�o divina da pr�pria atividade. Cultiva a uni�o com Deus, consciente da necessidade de rezar sem interrup��o em di�logo simples e cordial com Cristo vivo e com o Pai, que percebe perto de si. Atento � presen�a do Esp�rito e tudo fazendo por amor de Deus, torna-se, como Dom Bosco, contemplativo na a��o�[24] .
����������� Dessa dimens�o, todos e sempre t�m necessidade: �A teologia, para poder valorizar plenamente a pr�pria alma sapiencial e espiritual; a ora��o, para que nunca esque�a que ver a Deus significa descer da montanha com um rosto t�o radiante ao ponto de sermos obrigados a cobri-lo com um v�u; o compromisso, para renunciar a fechar-se numa luta sem amor e perd�o�[25] .
����������� A dimens�o contemplativa atravessa e permeia todas as formas de Vida Consagrada, embora tenha seus lugares e momentos t�picos e manifestativos para cada carisma . Como a assuma e pratique o salesiano, exprimem-no dois textos que unem estreitamente ora��o e encontro educativo. O primeiro � o artigo 95: �A necessidade de Deus, sentido no trabalho apost�lico, leva-o a celebrar a liturgia da vida, at� chegar � �operosidade incans�vel, santificada pela ora��o e pela uni�o com Deus...��. O segundo refere-se ao momento educativo como lugar caracter�stico da nossa experi�ncia de Deus: �Dom Bosco ensinou-nos a reconhecer a presen�a atuante de Deus em nosso empenho educativo, a experiment�-la como vida e amor... N�s cremos que Deus nos est� esperando nos jovens para oferecer-nos a gra�a do encontro com Ele... O momento educativo torna-se assim lugar privilegiado do nosso encontro com Ele�[26] .
����������� A dimens�o contemplativa se alimenta e refor�a nas fontes que preservam do desgaste e das quedas de tens�o. A Exorta��o evidencia a Palavra de Deus, a comunh�o com Cristo na Liturgia, particularmente na Eucaristia e na Reconcilia��o, a dire��o espiritual. Det�m-se em sublinhar o valor da Lectio divina: �Realizada na medida das possibilidades e circunst�ncias da vida de comunidade, ela leva � partilha feliz das riquezas encontradas na palavra de Deus, merc� das quais irm�os e irm�s crescem juntos e se ajudam a progredir na vida espiritual�[27] . Sabe-se que ela comporta um contato estreito com o texto, uma interioriza��o da Palavra, o confronto com a vida e a partilha. �, para n�s, uma sugest�o para recuperar momentos e formas de comunica��o espiritual que poderia colocar de maneira mais evidente a Palavra de Deus onde quer o artigo 87 das Constitui��es: �A Palavra ouvida com f� � para n�s fonte de vida espiritual, alimento da ora��o, luz para conhecer a vontade de Deus nos acontecimentos e for�a para viver com fidelidade a nossa voca��o�.
����������� A dimens�o apost�lica emerge da unidade interna entre consagra��o e miss�o: �Na sua voca��o, portanto, est� inclu�do o dever de se dedicarem totalmente � miss�o; mais, a pr�pria Vida Consagrada, sob a a��o do Esp�rito Santo que est� na origem de toda a voca��o e carisma, torna-se miss�o, tal como o foi toda a vida de Jesus�[28] .� Preme-se tamb�m na exig�ncia de compreender e cultivar uma espiritualidade da a��o que leve a �ver Deus em todas as coisas e todas as coisas em Deus�[29] , expressa com um �cone que apresenta imediatamente seu significado: o lava-p�s em que �Jesus revela a profundidade do amor de Deus pelo homem�[30] .
����������� A espiritualidade comporta tamb�m a dimens�o asc�tica, de resist�ncia ou combate espiritual, representada com o �cone de Jac� que luta com o Anjo. �Ajudando a dominar e corrigir as tend�ncias da natureza humana ferida pelo pecado, a ascese � verdadeiramente indispens�vel para a pessoa consagrada permanecer fiel � pr�pria voca��o e seguir Jesus pelo caminho da Cruz�[31] . Trata-se de um aspecto n�o muito congenial � sensibilidade corrente que tende a satisfazer os desejos e a justific�-lo. Cada Instituto tem uma tradi��o asc�tica coerente com o pr�prio estilo espiritual. Existem no nosso algumas palavras-chave que a definem: trabalho, temperan�a, carinho e compet�ncia na miss�o educativa, rela��o fraterna.
����������� Aspecto importante desta ascese � integrar no projeto de vida em Deus algumas tend�ncias que, desenvolvidas de forma aut�noma, comprometem a qualidade da experi�ncia espiritual e a finalidade da miss�o: uma busca exasperada� da efici�ncia e da profissionalidade separadas das finalidades pastorais, a seculariza��o da mentalidade e do estilo de vida, as formas, mesmo dissimuladas, de nacionalismo ou a afirma��o excessiva da peculiaridade cultural[32] .
����������� A espiritualidade, como caminho, leva a assumir a totalidade da exist�ncia em suas diversas fases. �O indiv�duo procura e encontra em cada fase da vida, uma tarefa diversa a cumprir, um modo espec�fico de ser, de servir e de amar�[33] .
����������� Algumas pinceladas apresentam as possibilidades e os riscos presentes nas diversas idades do homem e o esfor�o que requerem: o esvaziamento espiritual na fase de intensa atividade, o h�bito, a desilus�o e o perigo do individualismo na idade adulta, o afastamento da atividade nos anos da velhice e da doen�a. Cada fase tem, por�m, uma gra�a particular do Senhor e inclui um intenso convite a crescer e corresponder de forma madura atrav�s da forma��o permanente.
����������� Desde os anos 70, ela teve entre n�s satisfat�rios desenvolvimentos com os cursos que se difundiram em todas as regi�es. O CG23 relan�ou um aspecto que j� vinha se realizando: a comunidade local e o �quotidiano� como espa�o do crescimento cont�nuo sobretudo atrav�s da qualidade de rela��es e da comunica��o, os momentos de ora��o, a projeta��o comunit�ria e a realiza��o co-respons�vel da miss�o.
����������� N�o se deve subestimar a import�ncia do empenho pessoal sistem�tico; talvez seja este o momento de voltar a prop�-lo. A nossa vida precisa integrar reflex�o e pr�tica, estudo e atividade, sil�ncio e encontro embora para n�s isso n�o esteja ligado a uma r�gida altern�ncia de tempos. � uma das chaves para tender �quela qualidade espiritual, pastoral e cultural a que me referia no discurso conclusivo do CG24[34] .
Uma pastoral da espiritualidade
����������� H� um tom de novidade na Exorta��o quando afirma que a vida espiritual n�o � s� pr�-condi��o, base ou prepara��o para o servi�o� que os consagrados prestam ao homem, mas aspecto essencial da sua miss�o. Eles s�o convidados a se tornarem guias espirituais especializados e a multiplicarem iniciativas que tenham como finalidade acompanhar os fi�is na caminhada para o Senhor[35] .
����������� Assim iluminadas, devem ser lidas com aten��o as palavras da Exorta��o que confiam aos consagrados a miss�o de �suscitar em cada fiel um verdadeiro anseio de santidade, um forte desejo de convers�o e renovamento pessoal num clima de ora��o cada vez mais intenso e de solid�rio acolhimento do pr�ximo, especialmente do mais necessitado�[36] . Trata-se, n�o de uma miss�o individual, mas de um entendimento comunit�rio e de uma finalidade institucional: �Cada Instituto e cada comunidade se apresentem como escolas de verdadeira espiritualidade evang�lica�[37] .
����������� O servi�o � dimens�o da espiritualidade vai al�m dos limites da comunidade crist�, e se coloca como acompanhamento e apoio para todos aqueles que est�o a procura de sentido e de orienta��o. �Aqueles que abra�am a Vida Consagrada, homens e mulheres, colocam-se, pela natureza mesma da sua op��o, como interlocutores privilegiados daquela procura de Deus que desde sempre inquieta o cora��o do homem e o conduz a m�ltiplas formas de ascese e de espiritualidade�[38] .
����������� � o que apostamos neste sex�nio. Estamos cientes de ter realizado uma caminhada de renova��o da mentalidade, repensamos conte�dos e m�todos do trabalho pastoral, atualizamos as estruturas de vida comunit�ria e de governo. Empenhamo-nos, no momento, na convoca��o dos leigos, na partilha de responsabilidades com eles, de nos formarmos juntos. Mas, como notava no discurso de conclus�o, �o CG24 chegou � espiritualidade na procura de uma fonte de comunh�o entre leigos e salesianos. Difunde-se na Congrega��o a consci�ncia de que nossos la�os com os leigos precisam de maior vigor espiritual se, juntos, devemos enfrentar os dif�ceis desafios da miss�o salesiana na hora presente�[39] .
����������� A pr�pria Exorta��o havia antecipado esta chegada quando afirmava: �Hoje alguns Institutos, freq�entemente por imposi��o das novas situa��es, chegaram � convic��o de que o seu carisma pode ser partilhado com os leigos. E assim estes s�o convidados a participar mais intensamente na espiritualidade e miss�o do pr�prio Instituto�[40] .
����������� A fim de facilitar esse compromisso formularam-se alguns quadros de refer�ncia que d�o uma id�ia adequada da nossa espiritualidade. Os salesianos t�m as Constitui��es e nelas o cap�tulo sobre o esp�rito salesiano, ponto de partida e base das demais apresenta��es. O P. Eg�dio Vigan� indicou alguns tra�os que formam o patrim�nio comum de toda a Fam�lia Salesiana[41] , retomados e ulteriormente explicitados na Carta de Comunh�o. Desde os anos Oitenta foram formulados para os jovens �programas� e propostas, e o CG23 deu-lhes respeitabilidade de proposta comunitariamente compartilhada. H� pouco foi oferecida uma sua apresenta��o preparada pelos dois dicast�rios de Pastoral Juvenil FMA e SDB.
����������� O CG24 procurou evidenciar o que nos leva a compartilhar mais e melhor�� a miss�o com os leigos: o amor preferencial na forma de caridade pastoral pelos jovens, especialmente os mais pobres[42] , a qualidade do encontro educativo e o esp�rito de fam�lia[43] , o compromisso com a Igreja e com o mundo movidos pelo �da mihi animas�[44] , o cotidiano feito de empenho, rela��es, profissionalidade, vivido � presen�a de Deus[45] , a pr�tica educativa do sistema preventivo continuamente renovada[46] .
����������� A nossa espiritualidade foi assim formulada para os religiosos, para os jovens e para os leigos. Dispomos de textos de medita��o e de orienta��o. �Conclu�mos o CG24 com a convic��o de que propor a eles (os leigos) a espiritualidade salesiana � a resposta adequada a um pedido� premente e a oferta de um dom desejado. De resto, a procura de espiritualidade nos leva a descobrir os tesouros de fam�lia, a desenvolver e aprofundar aqueles tra�os que Dom Bosco nos confiou com extraordin�ria efic�cia�[47] .
����������� � preciso reconhecer, por�m, que somos iniciados numa espiritualidade atrav�s do encontro com algu�m que dela fez experi�ncia e a vive com alegria e convic��o, atrav�s da participa��o de um grupo que a comunica com capacidade de envolvimento, sob a guia e orienta��o espiritual de quem conhece seus caminhos e recursos.
����������� Desde quando conhecemos formula��es e perspectivas, devemos acentuar os seguintes pontos: vida, comunidade, comunica��o, orienta��o.
����������� Outro fil�o, de onde tirar vantagem na leitura da Exorta��o, � o que se refere � comunidade. Sua novidade est� na miss�o de comunh�o que � confiada aos consagrados. A reflex�o segue duas dire��es: uma, que olha para o interior da comunidade, assume e confirma quanto propunha o documento anterior A vida fraterna em Comunidade, Consecravit nos in unum[48] ;� outra, que visa o exterior.
����������� A partir o Conc�lio Vaticano II, todos os Institutos v�m atuando uma mudan�a que leva da comunidade, entendida antes de tudo como �vida comum�, � experi�ncia de comunh�o. A primeira sublinha a import�ncia das estruturas que regulam a conviv�ncia. A segunda volta-se para o amor rec�proco, a participa��o nos projetos, a comunica��o profunda, a co-responsabilidade.
����������� Tamb�m n�s, atrav�s de um itiner�rio de realces e de equil�brios, levamos � unidade carism�tica os dois elementos indispens�veis para uma presen�a comunit�ria real e testemunhadora, o �espiritual�: a fraternidade em Cristo que se exprime na unidade dos cora��es e na qualidade das rela��es inter-pessoais; e o outro mais vis�vel, �a vida comum� ou vida de comunidade, que consiste em morar na mesma casa religiosa, participar dos atos comuns, levar adiante as iniciativas pastorais com o esfor�o de todos.
����������� �� claro que a vida fraterna n�o ser� automaticamente realizada pela observ�ncia das normas que regulam a vida comum; mas � evidente que a vida comum tem a finalidade de favorecer e exprimir a vida fraterna�[49] . O nosso carisma, a nossa pr�tica, a nossa miss�o e o caracter�stico esp�rito de fam�lia levam a unir estreitamente os dois aspectos: comunh�o de esp�rito e vida de comunidade.�
����������� As nossas Constitui��es atribuem a esta fus�o, que exige maturidade humana e profundidade espiritual, significatividade e particular incid�ncia pastoral, a ponto de fazer dela elemento indispens�vel da miss�o. �Viver e trabalhar juntos � para n�s salesianos exig�ncia fundamental e caminho seguro para realizarmos a nossa voca��o. Por isso nos reunimos em comunidades, nas quais nos amamos a ponto de tudo compartilhar em esp�rito de fam�lia e constru�mos a comunh�o das pessoas�[50]
����������� V�-la o CG23 como sinal, escola e ambiente de f� para os jovens[51] , lugar preferencial da forma��o permanente para os salesianos[52] , presen�a testemunhadora no territ�rio[53] , centro de comunh�o e participa��o[54] , sujeito de uma pastoral org�nica[55] , proposta vocacional[56] .
����������� O CG24 deteve-se, depois, em explicitar, do ponto de vista te�rico e nas aplica��es pr�ticas, a qualifica��o de n�cleo animador e as condi��es internas que lhe consentem de vir a s�-lo: a identidade carism�tica, a unidade de esp�rito e de projeto, o conhecimento e pr�tica do sistema preventivo, a interioridade apost�lica, a criatividade, a capacidade de comunica��o. Estudou tamb�m as formas concretas de exerc�cio de tal empenho: a aten��o ao envolvimento, a participa��o, a distribui��o das responsabilidade, os processos de forma��o.
����������� Enquanto este quadro estimulante vai se tornando mentalidade comum, n�s tamb�m experimentamos a incid�ncia de fen�menos externos e internos que p�em � prova a comunidade e a comunh�o. Entre os primeiros est�� a reivindica��o de maiores espa�os de liberdade pessoal, o consumismo que leva � posse individual de bens, a explos�o das comunica��es. Entre os segundos, a redu��o num�rica, o alargamento do campo de trabalho real e potencial, o apelo das novas urg�ncias, uma nova rela��o com o exterior.
����������� A Exorta��o insiste fortemente sobre o valor indispens�vel da vida fraterna para a renova��o e efic�cia da miss�o[57] . Jo�o Paulo II j� o sublinhara alguns anos antes em discurso ao Plen�rio da Congrega��o para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apost�lica: �Toda a fecundidade da vida religiosa depende da qualidade da vida fraterna em comum. Mais anda, a atual renova��o da Igreja e na Vida Religiosa � caracterizada por uma procura de comunh�o e comunidade�[58] .
����������� A confirma��o disso vem do aprofundamento da dimens�o trinit�ria, de onde prov�m as conseq��ncias eclesiol�gicas e antropol�gicas propostas de novo, n�o s� como paradigma das rela��es rec�procas, mas presen�a atual, causa e origem da comunh�o entre os religiosos. �Tamb�m a vida fraterna se apresenta como uma eloq�ente confiss�o trinit�ria. Confessa� o Pai, que quer fazer de todos os homens uma s� fam�lia; confessa o Filho encarnado, que congrega os redimidos na unidade...; confessa o Esp�rito Santo, como princ�pio de unidade na Igreja�[59] .
����������� A comunidade, portanto, n�o � apenas funcional ao trabalho. Ela � �um espa�o humano habitado pela Trindade�[60] , onde Deus se faz presente e age atrav�s da mem�ria do Senhor, do amor no qual nos empenhamos e nos queremos enraizar, da unidade daqueles que se apresentam como seguidores de Cristo.
Especialistas de comunh�o
����������� A comunh�o � igualmente conte�do e fim da miss�o. �At� agora, talvez, jamais tenha sido reconhecida, de maneira t�o expl�cita, uma t�o grande miss�o � vida fraterna�[61] .
����������� Fortes de uma experi�ncia pessoal que � dom de Deus, os consagrados, como indiv�duos e comunidade, s�o chamados a expandir, refor�ar ou recriar a comunh�o: tornam-se �especialistas de comunh�o�[62] , fermento de unidade, agentes de reconcilia��o.
����������� S�o mult�plices os �mbitos onde agir. Na Igreja universal, a comunh�o � potencializada capilarmente pelo testemunho fraterno e pela a��o de toda a Vida Consagrada, pela solidariedade operativa pela qual os consagrados acorrem �s fronteiras da evangeliza��o, pela disponibilidade aos apelos urgentes da Igreja, pela sua comunh�o com o Santo Padre. N�o deve ser negligenciada a incid�ncia sobre a comunh�o universal que deriva da nossa presen�a, da a��o entre os jovens e adultos, da profiss�o de f�, da nossa palavra e das tomadas de posi��o. Nossa espiritualidade estimula-nos a dar uma contribui��o pessoal cotidiana � unidade do corpo de Cristo: �Do nosso amor a Cristo nasce inseparavelmente o amor � sua Igreja, povo de Deus, centro de unidade e comunh�o de todas as for�as que trabalham pelo Reino�[63] .
����������� ��s pessoas consagradas - real�a a Exorta��o - cabe uma fun��o significativa, tamb�m no seio das Igrejas particulares... Muito podem contribuir os carismas da vida consagrada para a edifica��o da caridade na Igreja particular�[64] . � um segundo �mbito onde a comunh�o torna-se compromisso da nossa miss�o. Como modalidades pr�ticas s�o indicadas �a colabora��o com os bispos para o desenvolvimento harmonioso da pastoral diocesana�[65] , o cuidado e a inser��o do pr�prio patrim�nio espiritual e pr�xis pastoral, o di�logo entre superiores e bispos, a aten��o destes ao carisma, procurada e acolhida pelos religiosos[66] .
����������� Trata-se de um aspecto necess�rio em vista da educa��o dos jovens � f�, em que a experi�ncia eclesial � indispens�vel e n�o f�cil. � interessante recordar que Dom Bosco quis, em sua Igreja particular, atormentada por tens�es doutrinais e pastorais, colocar-se n�o de uma parte, mas no ponto cr�tico da comunh�o. Fez prevalecer, na solu��o de um conflito pessoal, o bem da Igreja acima do desejo natural de justi�a.
����������� A Exorta��o apresenta a miss�o de comunh�o em outro �mbito ainda: o das rela��es entre os consagrados. �Pessoas que est�o unidas entre si pelo compromisso comum de seguir Cristo e animadas pelo mesmo Esp�rito, n�o podem deixar de manifestar visivelmente, como ramos da �nica videira, a plenitude do Evangelho do amor. Lembradas da amizade espiritual que muitas vezes ligou na terra os diversos fundadores e fundadoras, tais pessoas, permanecendo fi�is � �ndole do pr�prio Instituto, s�o chamadas a exprimir uma fraternidade exemplar, que sirva de est�mulo aos outros corpos eclesiais no empenho cotidiano de dar testemunho do Evangelho�[67] .
����������� Tamb�m por isso n�o faltam as indica��es pr�ticas: conhecimento, amizade, participa��o ativa nos organismos de anima��o e coordena��o, comunica��o e interc�mbio para �procurar compreender o des�gnio de Deus no atual transe da hist�ria, para melhor lhe responder com iniciativas apost�licas adequadas�[68] .
����������� Na rela��o sobre o Estado da Congrega��o eu escrevia: �Estamos muito mais sens�veis e abertos � comunh�o ampla realizada entre os Institutos de Vida Consagrada e tamb�m nos fazemos presentes com v�lidas contribui��es nos acontecimentos e organismos de coordena��o (CISM, CLAR, prepara��o do S�nodo, compromissos comuns)�[69] . � um crit�rio a manter e um caminho a continuar.
����������� N�o se deve subestimar a possibilidade de estabelecer colabora��es sistem�ticas e est�veis com outros religiosos em vista de determinados empreendimentos que solicitam converg�ncia de compet�ncias e recursos. J� se o experimentou com os centros de estudos. A complexidade do atual contexto e as novas exig�ncias de evangeliza��o levam n�o s� a concordar sobre imposta��es e linhas, mas tamb�m a pensar em algumas iniciativas comuns.
����������� H�, depois, o �mbito do territ�rio ou comunidade humana, considerada em raio imediato e amplo: bairro, cidade, na��o, mundo. Neles surge a necessidade de agrega��o, a invoca��o de paz, o desejo de reconcilia��o e de conviv�ncia digna e tranquilizadora. Aos velhos conflitos, presentes de formas novas, familiares, sociais e pol�ticas, acrescentam-se outros t�picos do nosso tempo como a estranheza cultural, a marginaliza��o, os v�rios fundamentalismos, as pluralidades contrapostas. Com freq��ncia terminam em pali�adas reais ou psicol�gicas, rejei��o, desaten��o.
����������� Ser especialistas de comunh�o quer dizer saber criar momentos e motivos de agrega��o, mediar os conflitos cotidianos, infundir vontade de encontro e conviv�ncia, favorecer estruturas e espa�os humanizadores, ser pac�ficos no sentido forte da palavra, visar a qualidade das rela��es, trabalhar para destruir preconceitos sociais ou �tnicos, tornar-se sempre mais capazes de dialogar com mentalidades diversas. Por isso alguns desejam a constitui��o de comunidades internacionais e interculturais que sejam laborat�rios de acolhida e valoriza��o das diversidades, e delas fa�am experi�ncia.
����������� H� um �ltimo �mbito, indicado na Exorta��o, para o qual vai neste momento a nossa aten��o, porque coincide com o empenho que nos foi pedido pelo CG24: o� dos leigos, particularmente os �pr�ximos e associados�[70] .
����������� Releiamos a passagem que j� citava a prop�sito da espiritualidade: �Hoje alguns Institutos, freq�entemente por imposi��o das novas situa��es, chegaram � convic��o de que o seu carisma pode ser partilhado com os leigos. E assim estes s�o convidados a participar mais intensamente na espiritualidade e miss�o do pr�prio Instituto�[71] . Uma rica exposi��o de motivos carism�ticos, eclesiais e pastorais sustenta a afirma��o.
����������� N�o me delongo em confrontar indica��es e motivos com aqueles apresentados pelo nosso documento capitular referentes ao mesmo argumento. A converg�ncia � muito evidente para que vos escape. Interessava apenas percorrer de novo esta parte da Exorta��o para relevar que estamos procurando realizar aquilo que a Igreja prop�e e para mostrar que todos estes �mbitos s�o relacionados e se refor�am reciprocamente. No seu interior atuam aqueles que, segundo a mesma Exorta��o, vivem e difundem a �espiritualidade da comunh�o�[72] e tornam-se �testemunhas e art�fices daquele projeto de comunh�o que est� no v�rtice da hist�ria do homem�[73] .
����������� N�o nos ter� fugido que o primeiros dos are�pagos, enumerado para a miss�o dos consagrados, � o �mundo da educa��o�[74] .
����������� A educa��o � tomada em sua acep��o mais ampla e compressiva, como crescimento da pessoa e como conjunto de media��es que se colocam ao seu servi�o para torn�-la consciente do seu ser e do seu destino, dar-lhe um conhecimento adequado da realidade, desenvolver a sua capacidade de avalia��o e de escolha, abri-la ao sentido e ao mist�rio, anunciar-lhe a palavra de Deus.
����������� O modelo do educador �, com efeito, �o Mestre interior da Igreja que penetra as profundidades mais rec�nditas de cada homem e conhece o dinamismo da hist�ria�[75] .
����������� Entende-se nessa perspectiva e amplitude� a fun��o� educativa da Igreja no mundo. A educa��o das pessoas e da humanidade n�o � uma manifesta��o opcional da caridade ou um aspecto setorial da miss�o: � o seu cora��o e o caminho indispens�vel. Assim como Deus salva o homem educando-o enquanto se dirige � sua consci�ncia e dela espera resposta, a Igreja tamb�m exerce o seu minist�rio iluminando, propondo, interpelando a liberdade. Ela torna-se mediadora da a��o educadora de Deus,� prolongamento e� atualiza��o do magist�rio que Cristo exerceu com os disc�pulos e as multid�es,� sinal da a��o do Esp�rito que transforma os cora��es.
����������� Por isso, tudo tem nela um car�ter educativo: presen�a, an�ncio, celebra��o, servi�os v�rios. Tudo tende a dar ao homem consci�ncia do seu ser, a ajud�-lo a descobrir e abra�ar quanto de bom, de nobre, de eterno o Criador colocou nele, a abri-lo � rela��o que o constitui em sua dignidade com o Pai, com o Filho e com o Esp�rito Santo.
����������� Insere-se neste contexto o compromisso educativo dos consagrados, mais e antes, em for�a de sua op��o de vida, do que das institui��es espec�ficas que criam ou das profissionalidades que assumem. Neste sentido todas as formas de Vida Consagrada s�o fortemente educadoras do homem e, em primeiro lugar, dos crist�os. O sinal que oferecem, os valores que fazem pr�prios, o servi�o que prestam, levam e ajudam a crescer em humanidade e f�.
����������� Alguns entre os consagrados assumem profissionalmente o trabalho educativo e dele fazem o lugar onde viver a op��o radical por Deus e o servi�o aos irm�os, especialmente os mais necessitados.
����������� A miss�o leva estes religiosos a agirem em tr�s espa�os. O primeiro compreende tudo o que diz respeito � promo��o integral da pessoa, conforme as urg�ncias que se relevam nas situa��es concretas. A sua obra neste campo, inspirada pelo amor de Cristo e sob o sinal de sua seq�ela, � verdadeira evangeliza��o.
����������� O segundo espa�o compreende a inicia��o crist�, a educa��o daqueles que fizeram a op��o da f� ou se demonstram dispon�veis em consider�-la. Trata-se de acompanhar as pessoas a viverem na hist�ria como filhos de Deus, incorporadas � exist�ncia de Cristo, membros do seu povo. A catequese e a forma��o de uma mentalidade evang�lica s�o suas partes principais.
����������� O terceiro � a humaniza��o e a evangeliza��o da cultura como forma coletiva de educa��o conforme o processo descrito pela Evangelii nuntiandi para �chegar e quase subverter pela for�a do Evangelho os crit�rios de julgamento, os valores determinantes, os pontos de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade�[76] .
����������� Este quadro de refer�ncia � indispens�vel para perceber, de forma real�stica, quais sejam os desafios dirigidos � miss�o dos religiosos educadores e quais as respostas que eles podem dar.
����������� A educa��o assim entendida n�o se limita ao setor escol�stico nem apenas �s institui��es espec�ficas conhecidas, embora estas representem o torr�o duro do esfor�o social para oferecer a todos oportunidades de preven��o, recupera��o e crescimento. O tipo de sociedade em que vivemos multiplicou os problemas de jovens e adultos. Ao itiner�rio educativo, que se desenvolvia segundo uma cartilha para a maioria, sucedeu a necessidade de adequa��o a mult�plices situa��es que se v�o diferenciando � medida que a sociedade se torna complexa. � com raz�o que se relaciona na Exorta��o a educa��o ao �renovado amor pelo empenho cultural�[77] dos religiosos e � sua presen�a no mundo da comunica��o social[78] .
����������� D�-se-lhe o nome de �are�pago�, lugar de di�logo aberto e n�o s� sistema de institui��es, justamente porque � preciso instaurar um di�logo sobre o sentido da vida ao aberto, com interlocutores diversamente orientados ou desmotivados, porque � preciso ir ao encontro das novas quest�es da cultura e da vida com iniciativas novas.
����������� Todo este discurso tem, para n�s, um campo preferencial de aplica��o: os jovens, especialmente os mais pobres. Eles p�e � prova o realismo do nosso amor e a nossa capacidade de an�ncio. Torna-se providencial para eles e para a Igreja que algu�m v� � pra�a para entabular um di�logo com eles.
����������� A Exorta��o reconhece que os consagrados, �pela sua especial consagra��o, pela peculiar experi�ncia dos dons do Esp�rito, pela escuta ass�dua da Palavra e o exerc�cio do discernimento, pelo rico patrim�nio de tradi��es educativas acumulado ao longo da hist�ria pelo pr�prio Instituto, pelo conhecimento profundo da verdade espiritual... s�o capazes de desenvolver uma a��o educativa particularmente eficaz, oferecendo uma contribui��o espec�fica para as iniciativas dos outros educadores e educadoras�[79] .
����������� A cita��o de Dom Bosco: �os jovens n�o s� sejam amados, mas eles mesmos percebam que s�o amados�[80] est� inserida na mem�ria dos �exemplos admir�veis de pessoas consagradas que viveram e vivem a tens�o para a santidade atrav�s do empenho pedag�gico, propondo contemporaneamente a santidade como meta educativa�[81] .
����������� Ela recorda-nos que a educa��o, para n�s, n�o � s� conseq��ncia do prop�sito de santifica��o, mas lugar humano onde se adquire a sua fisionomia t�pica porque cont�m, conforme a �ndole da nossa voca��o, tamb�m o momento de gra�a. O primado que damos a Deus em nossa vida e a seq�ela de Cristo traduz-se no desejo de faze-los viver no cora��o dos jovens que crescem, para que encontrem sentido e felicidade.
����������� A unidade com que vivemos os dois aspectos plasma a fisionomia da nossa espiritualidade, que se identifica com o Sistema Preventivo e cria o estilo de nossa comunh�o como �esp�rito de fam�lia�[82] .
����������� No-lo havia indicado Jo�o Paulo II na carta Iuvenum Patris: �Agrada-me considerar de Dom Bosco sobretudo o fato de� ele realizar a sua santidade pessoal no empenho educativo vivido com zelo e cora��o apost�lico. O aspecto caracter�stico de sua figura � justamente esse interc�mbio entre educa��o e santidade �[83] .
Conclus�o
����������� Queridos irm�os, quis atrair a vossa aten��o � Exorta��o que ilumina a Vida Consagrada para encorajar-vos a uma leitura acolhedora e criativa. Detive-me em comentar apenas alguns aspectos que julgo mais indicados para o momento presente, tamb�m em vista da atua��o do CG24.
����������� Penso, com efeito, que olhando os objetivos mais fundamentais do CG24 temos necessidade de exprimir a esperan�a nos recursos da nossa voca��o, dar aten��o preferencial � nossa vida espiritual e � sua comunica��o, ser homens de comunh�o, repensar a import�ncia que a educa��o tem na realiza��o da voca��o, da espiritualidade e da comunh�o.
����������� Concluo esta carta em oito de setembro, dia da Natividade de Maria. Ao redor desta festa, aconteceram, em muitas Inspetorias as profiss�es. Das comunica��es que chegam do mundo vemos, ainda uma vez, que �o Senhor ama a Congrega��o, deseja-a viva para o bem da sua Igreja e n�o cessa de enriquec�-la com novas voca��es�[84] . Eu mesmo tive a satisfa��o de receber doze primeiras profiss�es em nosso noviciado de Oktiabrskij, junto a Moscou, e outras vinte e duas em Smarhon (Belarus).
����������� Isso encoraja a fazer apresentar com confian�a aos jovens a Vida Consagrada e a experi�ncia que n�s, no seguimento de Dom Bosco, fazemos dela.
����������� Maria Sant�ssima, que acolheu o dom de Deus e o cantou no Magnificat, ajude-nos a viver com alegria a nossa experi�ncia de caridade pastoral, a compartilh�-la com simplicidade em nossas comunidades e a comunic�-la com efic�cia aos jovens.
����������� A todos sa�do cordialmente e vos desejo um trabalho rico de frutos.
P. Juan E. Vecchi
Reitor-Mor
[1] � cf. Const. 148
[2] CG24 n. 256
[3] � Propositio, n. 2
[4] � cf. VC n. 61.62
[5] �CG24 n. 192
[6] � Salmo 42, 4
[7] � cf. VC n. 5
[8] �CG24 n. 151
[9] � VC n. 110
[10] VC n. 40
[11] � cf. �VC n. 40
[12] � cf. VC n. 35
[13] � cf. VC n. 93
[14] � cf. VC n. 69
[15] � cf. VC n. 103
[16] � cf. CASTELLANO CERVERA J., Dimenzione teologica e spirituale della vita consacrata: tradizione, novit�, profezia, in AA.VV. Vita consacrata, Rogate, Roma 1996, p. 38
[17] � cf. VC n. 5-11
[18] VC n. 93
[19] � ib.
[20] � ib.
[21] � cf. CASTELLANO CERVERA J., Dimensione teologica e spirituale della vita consacrata: tradizione, novit�, profezia, in AA.VV. Vita consacrata, Rogate, Roma 1996, p.55
[22] � cf. VC n. 36
[23] � VC n. 37
[24] � Const.12
[25] � VC n. 38
[26] � CG23 n. 95
[27] � VC n. 94
[28] � VC n. 72
[29] � VC n. 74
[30] � VC n. 75
[31] � VC n. 38
[32] � cf. VC n. 38
[33] � VC n. 70
[34] � cf. CG24 n. 242-243
[35] � cf. VC n. 39
[36] � VC n. 39
[37] � VC n. 93
[38] � VC n. 103
[39] � CG24 n. 239
[40] � VC n. 54
[41] cf. ACS n. 324
[42] � cf. AG24 n. 89-90
[43] � cf. AC24 n. 91
[44] � cf. CG24 n. 95
[45] � cf. CG24 n. 97
[46] � cf. CG24 n. 99
[47] � CG24 n. 240
[48] � cf. CIVCSVA, 2 de fevereiro de 1994
[49] � Congregavit nos in unum, n. 3
[50] � Const. 49
[51] � cf. CG23� n. 216-218
[52] � cf. CG23� n. 222
[53] � cf. CG23� n. 225-226
[54] � cf. CG23 �n. 232-234
[55] � cf. CG23� n. 239-246
[56] � cf. CG23� n. 252
[57] � cf. VC n. 72
[58] � Jo�o Paulo II, Discurso ao Plen�rio da CIVCSVA, 20 de novembro de 1992
[59] � VC n. 21
[60] � VC n. 41
[61] � CIARDI F., La Comunione in �Vita Consecrata�, in Religiosi in Italia, n. 294 p. 120
[62] � cf. VC n. 46
[63] � Const. art. 13
[64] � VC n. 48
[65] � VC n. 48
[66] � cf. VC n. 48
[67] � VC n. 52
[68] � VC n. 53
[69] � VECCHI, J. E. La societ� di San Francesco di Sales nel sessennio 1990-95, 4.3 n. 276
[70] � cf. VC n. 54-56
[71] � VC n. 54
[72] � cf. VC n. 51-57
[73] � VC n. 46
[74] � cf. VC n. 96-97
[75] � VC n. 96
[76] � cf. EN n. 19
[77] � VC n. 98
[78] � cf. VC n. 99
[79] � VC n. 96
[80] � Dom Bosco, Carta de Roma 1884, MB XVII, 110
[81] � VC n. 96
[82] � cf. Const. 16
[83] � IP n. 5
[84] � Const 22